Ednaldo Freire
Ator, diretor, cenógrafo e professor de teatro.
Ao longo de sua carreira, participou de mais de uma centena de montagens teatrais, em diversas categorias. Como diretor, encenou mais de noventa espetáculos.
Foi aluno de mestres como Eugênio Kusnet, Antônio Abujamra e Roberto Vignati. É formado em Educação Artística com especialização em Artes Cênicas e pós-graduado em Direção Teatral. Estudou cursos livres de teatro na Fundação das Artes de São Caetano do Sul e participou, como convidado, do workshop para diretores profissionais promovido pela Cultura Inglesa, ministrado por Roger Croucher, diretor da Escola de Artes Dramáticas da Real Academia de Londres. Também integrou o projeto Dano-Brasileiro (Brasil/Dinamarca), coordenado pelo diretor dinamarquês Wolker Quant.
A convite de Myrian Muniz e Silvio Zilber, lecionou por seis anos na Escola Macunaíma de Teatro. Junto ao dramaturgo Carlos Alberto Soffredini e outros artistas paulistanos, fundou um dos grupos mais importantes da década de 1970: o Grupo Mambembe.
Implantou e formou grupos teatrais em diversas empresas, como Siemens, IBM, Petrobrás, Banco Safra, Clube Pinheiros e Serasa. Criou, orientou e dirigiu conjuntos teatrais nas mais variadas realidades. Ministrou cursos e oficinas a convite da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e de diferentes municípios, atuando em cidades como Mauá, Ribeirão Pires, Santo André, Franca, Bauru, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Santos, São Bernardo do Campo, entre outras.
Contribuiu para a implantação do Projeto Ademar Guerra, no qual atuou por quatro anos consecutivos como orientador de grupos da capital e do interior paulista. Ministrou palestras e integrou comissões em diversos festivais de teatro, inclusive no Mapa Cultural Paulista. Em 2009, integrou a Comissão Estadual de Cultura Popular da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
Premiado em várias ocasiões, recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo nas categorias cenografia (1973), figurino (1976) e direção (1977). Em 1981, foi eleito Diretor Revelação pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), pela encenação de Cala a Boca Já Morreu. Em 1996, ao lado do dramaturgo Luís Alberto de Abreu, foi agraciado com o Prêmio Especial do Júri da APCA pelo projeto Comédia Popular Brasileira, criado na Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes.
Também foi indicado diversas vezes aos prêmios Shell, Mambembe e Apetesp. Em 2002, venceu o Prêmio Panamco no Teatro como Melhor Diretor e Melhor Espetáculo com Auto da Paixão e da Alegria.
No cinema, atuou nos filmes A Hora da Estrela, de Suzana Amaral, e Os Dois Reinados, de Ronaldo Severo.
Atualmente, é diretor da Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes, coordenador do projeto Comédia Popular Brasileira e professor de interpretação no Teatro Escola Célia Helena e na Escola Superior de Artes Célia Helena.