Coletivo Cartografia Negra
O Coletivo Cartografia Negra (2017) surge para pensar, revisitar, conhecer e ressignificar alguns territórios negros em São Paulo. Lugares de resistência ou espaços que foram utilizados para venda, tortura ou execuções de pessoas escravizadas e que hoje têm nomes e significados que apagam essas histórias – muitas vezes inclusive as contradizem.
Realizávamos mensalmente, desde 2018, a Volta Negra, uma caminhada aberta na qual são compartilhados registros sobre as vivências das populações negras nos séculos XVIII e XIX, na região central da cidade de São Paulo. A Volta Negra já foi feita com estudantes do curso Raça, Modernidade e Migração nas Américas do Massachusetts Institute of Technology, MIT (Jan. 2020 / Jan. 2023 / Jan 2024), da Columbia University (Março 2023 / Março 2024), da Unifesp (Abril 2019), do Colégio Santa Maria (Set. 2019), do Colégio Ítaca (Setembro. 2019), da Escola Nossa Senhora das Graças (Abril. 2019), da Escola Móbile (Abril 2019 / 2022 / 2023 / 2024), da Design Week (Março 2024) entre outros. Desde o início da pandemia, paramos de realizar essas atividades presenciais mensalmente.
O Cartografia Negra participou de atividades e parcerias como o curta documentário Dia Seguinte produzido pelo CCSP (Maio 2020), Programa Convida Instituto Moreira Salles (Nov 2020), Circuito de Conversas On line Memória, Povos Negros e Cidades (Agosto 2020), curso On Line Raça e Cidade em parceria na Escola da Cidadania- Instituto Pólis (Agosto 2020), Edital Espaços Públicos e Direito à Cidade Agosto, Instituto Pólis (Agosto 2019), Roda de conversa sobre racismo na Escola Caetano de Campos, com Coletivo Democracia Corinthiana (Junho 2019), Participação na Semana de Artes da FAAP – 2019 (Maio 2019), Rota Negra do Sesc-Piracicaba, roteiro inspirado na Volta Negra (Maio de 2019), formação em cartografia autônoma para grupo de jovens monitores culturais de São Paulo-CIEDS (Jan.2019) e conversa na Ocupação Ouvidor 63 (Julho 2018).
O coletivo integrou a equipe de co- curadoria na 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo e fez parte da exposição “Guests From The Future” que integrou a 18ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, com uma obra audiovisual, onde também participaram de um painel de discussão presencial chamado “Future to Come”.
Em 2023 o Coletivo foi um dos ganhadores do Prêmio Pretas Potências na categoria Patrimônio Imaterial e foi um dos indicados ao prêmio Pipa.
O coletivo é composto por Carolina Piai Vieira, Pedro Vinicius Alves e Raíssa Albano de Oliveira.